quarta-feira, 2 de junho de 2010

Pedro Passos Coelho no Palácio da Bolsa

O Governo deve «rever programa» e «refrescar» equipa. Estas foram algumas das ideias defendidas por Pedro Passos Coelho ontem num jantar-debate no Palácio da Bolsa, no Porto, para uma plateia constituída por empresários e autarcas.

O Presidente do PSD sustentou também ser fundamental que o Governo apresente ao país um golpe de asa, lembrando “Se já teve esse cartão amarelo nessas eleições, [o Governo] deve agora ser mais cuidadoso e deve mostrar que não tem problema, pensando no país, em rever o seu programa e provavelmente refrescar o seu Governo. Isso acontece nas equipas”.

Passos Coelho ressalvou ainda ser importante rever o Programa do Governo e adoptar outras medidas. “Ou o Governo faz isso ou então mais cedo do que tarde será preciso um governo que o faça” salientou, afirmando que “Ninguém quererá ser primeiro-ministro para administrar a miséria e a pobreza”.

O Presidente da Associação Comercial do Porto, no discurso de abertura do jantar, transmitiu algumas das suas maiores inquietações “num momento grave para o país em que, sem exagero, se pode dizer que estamos confrontados com uma crise que ameaça a nossa subsistência enquanto nação soberana”. “O Governo apenas adiou as suas obras faraónicas porque não tinha condições para as financiar, e é inegável também que pouco ou nada pretende fazer para reduzir a despesa pública primária, tendo optado por onerar os contribuintes com sucessivos aumentos da carga fiscal” afirmou.

Rui Moreira referiu ainda que a “discriminação regional está presente em todas as opções do Governo no que diz respeito às obras públicas, em que o Norte em particular é muito prejudicado” e reforçou, “é paradoxal e inaceitável, na medida em que tem sido a região mais fustigada pela crise estrutural, e pelos problemas conjunturais”.

Enunciou vários exemplos em que o Norte é prejudicado: as SCUT, o QREN, as anunciadas políticas de privatização - em particular da ANA -, as políticas de promoção turística, a absurda concentração em Lisboa de todos os serviços relevantes do Estado, os PIP, as políticas energéticas, fiscais, laborais e sociais e o financiamento às autarquias.

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