sábado, 27 de dezembro de 2008

Em alta velocidade para o abismo


Paulo Morais
JN 27-12-2008

O TGV, que se anuncia, é talvez o investimento público mais estúpido de toda a história do nosso país. O enorme espírito de Natal dos portugueses, associado aos seus tradicionais brandos costumes, não chega para tolerar tão enorme disparate.

O TGV não cumpre qualquer regra mínima a que se deve submeter um investimento. Não é nem nunca será economicamente rentável. Não induz efeitos reprodutores positivos, não gera sinergias na actividade económica. E, por fim, não tem a mínima utilidade social.

Sem qualquer sustentabilidade económica, o projecto tem um custo previsto de cerca de 15 mil milhões de euros, valores da ordem de grandeza da colecta anual do IVA ou IRS (a que irão acrescer os crónicos desvios orçamentais das obras públicas). O investimento não é amortizável e, apesar da (pífia) comparticipação de fundos europeus, irá comprometer os impostos de três gerações. Além de que a exploração comercial deste comboio será deficitária, como já o é em todos os países e todas as linhas - com uma única excepção, no Japão.

O TGV também não aportará qualquer efeito positivo à economia nacional. Não serve para transporte de mercadorias, esta sim uma prioridade urgente e sempre adiada. Só de forma muito diminuta servirá o turismo. Nem a agricultura, as pescas ou as indústrias de qualquer tipo beneficiarão da sua existência. Este comboio será usado apenas pela oligarquia lisboeta, nas suas jornadas de vassalagem a Madrid e incursões colonialistas ao Porto.

Por último, o TGV não incorpora benefícios de ordem social. A maioria dos cidadãos nunca utilizará este transporte de ricos, que será pago pelos impostos dos pobres.

Então, para que serve? Para que Portugal não fique arredado das rotas do desenvolvimento, como nos querem fazer crer? Este é o mais falacioso dos argumentos. Se o TGV gera riqueza, então por que razão os países com os mais elevados índices de desenvolvimento humano - a Noruega, a Suécia, a Irlanda, ou até a Austrália e o Canadá - não têm alta velocidade ferroviária?
De facto, este megaprojecto interessa apenas aos construtores, a quem os políticos portugueses devem humilhante obediência. Aos fornecedores de tecnologia, que controlam a burocracia europeia. E aos bancos, que aqui garantem um negócio milionário, cujo risco está coberto por garantias estatais.

A grande velocidade, já hoje se encaminha o país para o abismo. Vem aí o TGV, o empurrão que faltava para o descalabro total.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Os telhados do Palácio da Bolsa


Embaixadores do Mundo reúnem-se no Palácio da Bolsa em 2009

Associação Comercial do Porto anuncia ‘Conferências do Palácio’, de Janeiro a Novembro

A Associação Comercial do Porto anuncia a organização das ‘Conferências do Palácio 2009’, um ciclo de oito jantares/conferência com os Embaixadores em Portugal de países que fazem a história contemporânea.

As ‘Conferências do Palácio 2009’, a decorrer entre Janeiro e Novembro de 2009, têm por objectivo conferir uma maior vivacidade à cidade do Porto, juntando, em simultâneo, grandes personalidades locais e nacionais, figuras do mundo empresarial, da sociedade civil e da política, bem como opinadores ocasionais ou jornalistas.

A realização deste ciclo de conferências traz uma regularidade acrescida às actividades diferenciadoras que a Associação Comercial do Porto habitualmente desenvolve.

Alberto Navarro, Embaixador de Espanha, virá ao Palácio da Bolsa no dia 26 de Janeiro proferir uma conferência subordinada ao tema “A Cimeira Luso-Espanhola”.

No dia 9 de Fevereiro, Alexander Wykeham Ellis, Embaixador do Reino Unido, explica “O Lugar do Reino Unido na Nova Ordem Mundial”.

Confirmado para o dia 22 de Junho está também Celso Marcos Vieira de Souza, Embaixador do Brasil, que vem expor “O Presente e Futuro das Relações Luso-Brasileiras”.

«Trata-se uma iniciativa de grande projecção nacional onde se vão discutir os grandes temas na agenda política, económica, social e cultural das nações», sublinha Rui Moreira, presidente da Associação Comercial do Porto.

quarta-feira, 17 de dezembro de 2008

«Medidas de incentivo às empresas são escassas»




Economistas sustentam que iniciativas não fomentam a competitividade.

A Deloitte diz que a as medidas de incentivo às empresas são escassas, «considerando o actual contexto excepcional, com pouco impacte em 2009». Ainda de acordo com as conclusões do seminário da consultora, as iniciativas não fomentam a competitividade da economia portuguesa.
«Pela positiva, embora com impacte apenas em 2010, está a alteração na taxa de cálculo do IRC, que passará a prever a aplicação de uma taxa de 12,5% à matéria colectável até 12.500 euros. São ainda de salientar a criação de medidas de apoio ao arrendamento habitacional, entre outros aspectos específicos», refere a Deloitte.

Estas conclusões surgem na sequência de um fórum de discussão sobre o Orçamento do Estado para 2009, organizado pela consultora, e que contou com a presença dos economistas César das Neves e Rui Moreira.

http://www.agenciafinanceira.iol.pt

segunda-feira, 15 de dezembro de 2008

Clipping



sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Revista "O Tripeiro" - Dezembro de 2008


Não perca a mais recente edição da revista "O Tripeiro»".
Este mês, em destaque, o realizador Manoel de Oliveira.

Nas bancas a partir de 14 de Dezembro.

quinta-feira, 11 de dezembro de 2008

Orçamento de Estado para 2009

“A arte da previsão consiste em antecipar o que acontecerá e depois explicar o porque não aconteceu” - Winston Churchill

A gestão de um orçamento por parte do Estado é em muitos aspectos similar à gestão corrente que todos fazemos em nossas casas. Existe sempre a necessidade de perceber que receitas terá para afectar aos custos que prevê que venham a ocorrer durante um determinado período de tempo.

O Orçamento de Estado é o mapa de toda a actividade financeira do Estado e deve servir para definir qual o destino a dar aos dinheiros públicos e decidir políticas financeiras, económicas e sociais.


Deverá respeitar três questões fundamentais:

Em primeiro lugar, a Adaptação das Receitas às Despesas


As despesas deverão ser previstas de acordo com receitas que estima arrecadar e estas deverão ser apenas as necessárias para suportar as despesas previstas.


Em segundo lugar, a Limitação das Despesas

Deverão ser respeitados os princípios da inscrição orçamental e do cabimento de verbas.


Em terceiro lugar, a Transparência

Permitindo que os cidadãos compreendam as políticas que o Estado pretende implementar. Ao tornar claras as despesas a realizar e quais as fontes de receita, o Estado transmitirá segurança aos contribuintes e todos ficarão a saber quais as áreas que são privilegiadas e para onde serão encaminhadas as colectas.


Naturalmente, a transparência implica, também, fiabilidade e consistência, de forma a reduzir o risco de fortes variações, já que a elaboração do Orçamento é uma previsão económica das receitas e despesas do Estado durante um determinado exercício, e por isso sujeito a muitas variáveis endógenas e exógenas.


É importante que, para além destas questões e de forma a ser possível aferir o que se está ou não a fazer, a política orçamental tenha rapidez nos efeitos, garanta impactos directos na economia e seja sustentável no tempo. Esta é, seguramente, a questão crucial num momento de crise como aquele que vivemos, uma situação de emergência que afecta a economia, ou melhor, as várias economias, desde a das famílias à das empresas, sejam elas pequenas, médias ou grandes.


Olhemos então à Situação da Conjuntura.


O ano que está agora a terminar caracterizou-se pela enorme instabilidade dos mercados mundiais com consequentes impactos na economia nacional e no bem-estar dos cidadãos. A crise do mercado hipotecário de alto risco americano, o denominado subprime, cujos primeiros sinais de alarme e consequências surgiram nos Estados Unidos e rapidamente se alastraram para a Europa e restantes continentes, mostraram ao mundo, rápida e claramente, a completa volatilidade e instabilidade dos mercados.


Esta agitação financeira, que coincidiu com um período em que a economia já vivia sob o espectro do aumento muito significativo do preço do petróleo e das outras matérias primas, do agravamento das pressões inflacionistas e do aumento das taxas de juro fizeram com que aquilo que começou numa “bolha especulativa” tenha motivado a falência de inúmeras instituições mundiais anteriormente tidas como inabaláveis.


Muitos analistas afirmam que "a desvalorização das acções pelo mundo atingiu o nível da "Grande Depressão" dos anos 30, ou da prolongada recessão dos anos 90 no Japão". Pessoalmente, creio que estamos em território ignoto, e que esta crise não é comparável a esses episódios.


O que se sabe é que as medidas de combate à crise financeira, entretanto anunciadas pelos diferentes governos mundiais através da criação de garantias para o sistema bancário, não conseguiram, ainda, estancar a volatilidade. Na Europa, as intervenções do Banco Central Europeu, com sucessivos cortes na taxa de juro de referência, não tiveram os resultados esperados.


Depois de ter atingido valores históricos, a Euribor, referência para muitos dos créditos contratados em Portugal, continua a recuar, situando-se abaixo dos valores atingidos em Janeiro do ano passado. Dados recentes apontam para a continuação da tendência de descida. Para esta situação contribui decisivamente a descida da taxa de inflação na Zona Euro. Mas, a crise de liquidez do sector bancário reflecte-se fortemente na atribuição e concessão de crédito, o que tem forte impacto não apenas no consumo, mas também no investimento privado.


Ao mesmo tempo, assiste-se também à descida vertiginosa dos preços dos combustíveis e dos produtos alimentares. Aquilo que poderia, em condições normais, transmitir às famílias a sensação de ganho de poder de compra, e por isso acelerar o consumo e aquecer a economia, não parece estar a funcionar. Como prova disso, o indicador de confiança na zona Euro, que agrega os dados e expectativas de consumidores e empresas, está no valor mais baixo desde Agosto de 1993, momento em que, tal como agora, a economia europeia acabava de entrar numa recessão. Em Portugal, o Instituto Nacional de Estatística anunciou a 27 de Novembro do corrente ano que o valor do indicador de clima económico, diferente do publicado pela Comissão Europeia (pois não inclui a confiança dos consumidores), registava “o mínimo histórico para a série iniciada em 1989”.


Ou seja, as economias mundiais estão em recessão e, também, em deflação. Naturalmente, a economia portuguesa não escapa a essa sina, e é por isso que a política orçamental do governo para 2009 aponta especial atenção ao emprego, à requalificação da economia e ao apoio a famílias e empresas com problemas. Como apostas base do orçamento para o próximo ano, o governo definiu mecanismos de apoio e coesão social e a criação de medidas de incentivo à competitividade da economia.


A primeira questão que se coloca, é sobre a exequibilidade dos parâmetros. Ora, como base para a elaboração do Orçamento de Estado de 2009, o Governo estimou um crescimento real do PIB na casa dos 0,6%. Este valor foi imediatamente posto em questão pelas estimativas da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE) e da Comissão Europeia que previram para o mesmo indicador valores muito inferiores. Reflexo disso é o valor de 0,1%, assumido pela Comissão Europeia como o crescimento real esperado da economia portuguesa em 2009. As mais recentes notícias demonstram que, infelizmente, o optimismo do Governo não contagiou a realidade. Poderemos estar a caminho de um orçamento rectificativo, com o consequente agravamento de impostos…


Quanto às medidas que têm vindo a ser tomadas, e que estão reflectidas no OGE, é justo reconhecer ter existido de facto, por parte do Governo, um cuidado em procurar elaborar medidas contra a crise actual em que se encontra mergulhado o país, indo de encontro às necessidades concretas das famílias e das pequenas e médias empresas, tal como manifestado no Sumário Executivo do Orçamento de Estado 2009.


Mas, o Orçamento enferma, também, de extraordinárias contradições. Um bom exemplo tem a ver com o nível expectável dos aumentos salariais. Em virtude da actualização dos escalões de IRS, os trabalhadores que tiverem aumentos salariais menores que 2,5% irão beneficiar de uma diminuição da carga fiscal. Situação contrária sucederá aqueles que em 2009 vierem a obter aumentos superiores ao valor percentual anteriormente mencionado. Ora, isto acontece no mesmo país e no mesmo ano em que o mesmo Governo determinou o aumento de 2,9% nos salários da Função Pública, um valor acima da inflação esperada e que resultará num aumento da despesa corrente não inferior a 4%.


No enquadramento actual, esta medida reveste-se de um carácter puramente eleitoralista, desconexo da política macroeconómica e fiscal, como acima fica demonstrado, e com um impacto muito relevante na despesa.


O orçamento reflecte, também, a crescente desconfiança das autoridades e o desenfreado policiamento fiscal a que se tem assistido e que tem, como reflexo, um efeito de boomerang que mais cedo ou mais tarde irá penalizar a administração pública. Agora, A administração fiscal passa a ter acesso directo e sem pedido de autorização às contas bancárias de contribuintes que tenham o IRS calculado através de métodos indirectos devido aos sinais exteriores de riqueza que parecem desadequados aos seus rendimentos. Ora, já existia na Lei esta possibilidade de consulta, mas a novidade para 2009 passa pela dispensa de comunicação ao cidadão. Diferentes personalidades emitiram sobre este ponto opiniões com diferentes sentidos. Alguns apontam esta norma como sendo violadora do direito à reserva da vida privada. Outros, como é o caso do fiscalista Saldanha Sanches, advogam que a declaração de rendimentos do contribuinte só faz sentido se puder ser validada, por isso, a única forma de o fazer é acedendo à conta bancária e não admitem que o fisco venha ter um comportamento abusivo, pois esta actuação será justificada quando se tem imposto a pagar. Neste ponto em particular, é importante questionar o seguinte: como é que se provam as diferenças entre os sinais exteriores de riqueza e os valores declarados? Terão as Finanças elementos capazes, com formação para fazer tal avaliação? Fica em aberto uma questão sensível e que, como tal, deverá ser utilizada com a devida parcimónia. Mas, é lícito também perguntar quem serão os alvos preferenciais destas investigações. Num país claustrofóbico e rancoroso como o nosso, é muito provável que este instrumento sirva para a caça às bruxas, e mais não digo…


No campo dos incentivos à competitividade das empresas esqueceram-se medidas que poderiam ser fulcrais para esse objectivo, nomeadamente a eliminação definitiva do pagamento especial por conta, substituindo-o por um regime simplificado para micro e pequenas empresas. Poderiam ter sido repensados a redução dos prazos de reembolso de IVA, actualmente totalmente desadequados à realidade destas empresas e o consequente alargamento dos prazos para o seu pagamento. Estas medidas poderiam funcionar como uma “almofada” para muitas empresas que, antes de receberem seja o que for dos seus clientes, já tem que ter disponível para entrega os valores deste imposto. Para piorar este cenário, em resposta à decisão do Supremo Tribunal Administrativo de Maio de 2008, que veio ilibar de punição as empresas que falhassem a entrega do IVA ao Estado motivada pelo não recebimento dos seus clientes, o Orçamento 2009 reforça a atenção sobre a falta de pagamento dentro do prazo legal. Por que não passar do IVA devido no momento da prestação do serviço ou da factura para o IVA devido à data do efectivo recebimento? O caminho para a mudança começa a ser trabalhado. Ainda este ano foi criado o movimento cívico “IVA com recibo” que procura reunir assinaturas suficientes para levar este debate à Assembleia da República.


Fica-se, assim, com a sensação de que, mais uma vez, como sempre fizeram os consecutivos governos do bloco central, se está a dar com uma mão para tirar com a outra. O orçamento, fortemente maquilhado e de cunho eleitoralista no que diz respeito à despesa corrente, é de improvável realização. Segundo Luís Campos e Cunha, se viesse a ser aplicado tal e qual, e mesmo sem o agravamento da crise, colocaria o défice próximo dos quatro por cento.


Naturalmente, perante a inexequibilidade de aumentar a receita, e com a despesa corrente insuportavelmente onerada, o Governo terá de reduzir no investimento público. Mas, o que é grave, é que os cortes ocorrerão necessariamente no bom investimento público, nas pequenas obras que são sustentáveis, que são descentradas e descentralizadas, que têm máximo impacto directo na economia, que são de rápida execução. Devia-se, por isso, apostar na requalificação urbana, o que teria impacto imediato nas indústrias da construção civil e de materiais e no emprego, e no aproveitamento dos recursos florestais, com impacto no emprego, na política energética, na factura do CO2, na prevenção de incêndios e na balança de pagamentos. Em vez disso, o Governo continua a apostar em projectos e iniciativas com impactos a cinco ou a dez anos, desajustados para as necessidades que agora se verificam e insustentáveis no futuro. Projectos como o novo aeroporto de Lisboa e a Rede de Alta Velocidade, sofrem destes “males”.


No caso concreto da Rede de Alta Velocidade, parece ainda mais simples perceber a razão pela qual o referido investimento deve ser adiado, quando percebemos que este projecto, no caso concreto da ligação entre as duas principais cidades portuguesas, Lisboa e Porto, permitirá um ganho muito reduzido no tempo de deslocação face à duração actual da viagem e quando se percebe que a taxa de incorporação nacional, em equipamentos, será muito próxima do zero.


É no mínimo ridículo e de seriedade duvidosa que se invoquem, agora, argumentos keynesianos para defender infra-estruturas excessivas, de duvidosa utilidade, de impossível auto-sustentabilidade, de excessiva concentração geográfica. Por um lado, porque terão efeito num limiar de tempo muito distante e desajustado da actual crise, e não agora, quando a economia precisava de ser aquecida. É inacreditável que os que agora defendem esse keynesianismo se tenham esquecido, e ainda esqueçam que, ele deveria ter sido utilizado nesta região do país que tão necessitada já estava, antes desta crise.


Aquilo que se exige, afinal, da política orçamental, é que ela sirva para aliviar os principais motores da economia. A classe média baixa, que deveria beneficiar ainda que temporariamente de uma redução de impostos, por exemplo na retenção na fonte do seu IRS, viu, em vez disso, a sua situação agravada, nomeadamente com as ultimas alterações ao orçamento introduzidas pelo PS, no caso da dedução da pensão de alimentos.


Quanto às pequenas e médias empresas, em vez das medidas casuísticas que vão sendo anunciadas, como agora aconteceu para a indústria automóvel, e de medidas que apenas servem para mascarar as estatísticas de desemprego, valia mais que o Governo subsidiasse o emprego, reduzindo as contribuições para a segurança social o que teria um pequeno impacto nas contas públicas.


Devia-se também permitir que as empresas fizessem compensações e acertos de contas com a administração fiscal, nomeadamente utilizado os seus créditos relativamente ao reembolso do IVA para abater às suas contribuições, como por exemplo o infame Pagamento Especial por Conta.


Em conclusão, minhas Senhoras e meus Senhores,


Escrevia Rui Tavares, no Público desta semana, e com natural satisfação que, de acordo com as sondagens, o país está a virar à esquerda e que isso não admira porque em Portugal a desigualdade é cada vez maior. É possível que a sua análise sociológica seja correcta. Mas, do ponto de vista económico, a razão pela qual essas desigualdades se acentuam não tem a ver com questões ideológicas. A razão, a meu ver, é o sobrepeso do Estado. Um sobrepeso incompetente, de um Estado que come demais e que nos devolve muito pouco. É isso, mais uma vez, que é evidente neste orçamento.


Infelizmente, este orçamento de Estado é o da cigarra, consentido pela inépcia de quem deveria defender alternativas e pela inércia de todos nós, que somos as suas formigas amestradas e diligentes. Enquanto assim for, o Estado escapa à crise, continua a viver confortável e irresponsavelmente, devorando uma parte cada vez maior no que resta no nosso celeiro.

Intervenção do Dr. Rui Moreira no Edifício da Alfândega, a 11 de Dezembro de 2008, a convite da DELOITTE

terça-feira, 9 de dezembro de 2008

sábado, 6 de dezembro de 2008

Fernando Nobre lança "Imagens Contra a Indiferença"

No próximo dia 9 de Dezembro, pelas 18 horas, o Salão Nobre da Reitoria da Universidade do Porto (Praça Gomes Teixeira) vai ser palco do lançamento do livro "Imagens Contra a Indiferença", da autoria de Fernando Nobre, Presidente da AMI - Assistência Médica Internacional.

Esta publicação de 150 fotografias pretende ser "uma mostra dos olhares" com que Fernando Nobre se cruzou ao longo de 30 anos de viagens por todo o mundo e, ao mesmo tempo, "uma homenagem a todos os habitantes da Terra".

Por outro lado, completa-se uma trilogia dedicada à luta contra a indiferença, iniciada em 2004, com a edição "de Viagens contra a Indiferença", a que se seguiu "Gritos Contra a Indiferença."

A obra será apresentada por Rui Moreira, presidente da Associação Comercial do Porto.

O autor nascido em 1951, em Luanda (Angola), Fernando Nobre é Doutorado em Medicina na Universidade Livre de Bruxelas, especialista em Cirurgia Geral e Urologia e Doutor Honoris Causa pela Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa.

Mas é enquanto presidente da AMI - organismo que fundou e ao qual ainda preside - que mais se tem destacado publicamente, tendo participado em mais de duzentas missões de estudo, coordenação e assistência médica humanitária em cerca de sessenta países de todos os continentes.

Este percurso acabou por lhe valer a atribuição de vários prémios e distinções em Portugal e no estrangeiro, sendo Grande Oficial da Ordem do Mérito, Medalha de Ouro para os Direitos Humanos da Assembleia da República e Cavaleiro da Legião de Honra de França.

quarta-feira, 3 de dezembro de 2008

Seminário “Orçamento de Estado para 2009 - Principais Medidas Fiscais”

No próximo dia 15 de Dezembro, pelas 9 horas, terá lugar no Palácio da Bolsa um seminário sobre as principais medidas fiscais do Orçamento de Estado para 2009.

A assistência a esta iniciativa da Associação Comercial do Porto é gratuita, estando no entanto limitada à disponibilidade dos lugares existentes.

Reservas através do número 223 399 047 ou pelo endereço paulovaz@cciporto.pt.

Programa:

9h00 - Recepção dos participantes
9h30 - Abertura
9h45 - Impostos sobre o Rendimento - Miguel Durham Agrellos*
10h20 - Benefícios Fiscais e Impostos sobre o Património - Filipe Romão*
11h00 - Serviço de Café
11h15 - Imposto sobre o Valor Acrescentado - Marta Ramos Mendes*
11h30 - Procedimento e Processo Tributário e Infracções Tributárias - Marta Ramos Mendes
12h00 - A perspectiva do Legislador - Diogo Feio - Deputado e Presidente do Grupo Parlamentar do CDS-PP
12h30 - A perspectiva da Administração Fiscal - António Lima Guerreiro - Jurista da Administração Fiscal
13h00 - Debate

(*) Advogados da sociedade Uría Menéndez

O Novo Código do Trabalho - Principais Alterações

No próximo dia 10 de Dezembro, pelas 10 horas, terá lugar no Palácio da Bolsa uma sessão de apresentação do novo Código do Trabalho.

A assistência a esta iniciativa, levada a cabo pelo Departamento de Direito Laboral da Gonçalves Pereira, Castelo Branco, é gratuita, estando no entanto limitada à disponibilidade dos lugares existentes.

Por esse motivo, a reserva de lugar deverá ser efectuada através do número 223 399 033 ou pelo endereço alexandraf@cciporto.pt.

Programa:

Apresentação - Manuel Castelo Branco - Sócio da Gonçalves Pereira, Castelo Branco

Sessão de Abertura - Razões para um novo Código do Trabalho - António Vitorino - Sócio da Gonçalves Pereira, Castelo Branco

O Novo Código do Trabalho
- Enquadramento geral
- Contrato de trabalho, contrato a termo e novas figuras contratuais
- Duração e organização do tempo de trabalho
- Cessação do contrato de trabalho
- As alterações "escondidas" ou "envergonhadas"

Mais de 300 convidados confirmam apoio ao Boavista FC

João Pinto e Lobo Xavier no jantar de amanhã, às 20h30, no Palácio da Bolsa

Mais de 300 convidados estão confirmados no jantar de apoio ao Boavista FC, marcado para amanhã, às 20h30, no Palácio da Bolsa do Porto.

A iniciativa da Associação Comercial do Porto visa a angariação de fundos para o histórico clube da cidade invicta.

O jantar de apoio ao Boavista FC vai contar com diversas figuras da vida desportiva, política e económica do Porto e do país, entre as quais, o ex-internacional português e antigo jogador do clube, João Vieira Pinto, o advogado e gestor António Lobo Xavier e o deputado do PSD, Jorge Neto.

No evento intitulado “A Cidade com Boavista”, haverá espaço para o leilão de diversos artigos ligados à história das panteras, entre os quais bolas de futebol assinadas pelas figuras históricas do Boavista FC, camisolas de futebolistas, obras de arte e bicicletas do Departamento de Ciclismo, etc.

Rui Moreira, presidente da Associação Comercial do Porto, afirma que «esta iniciativa é a prova de que a cidade do Porto é capaz de se mobilizar por grandes causas que unem a cidade. Ultrapassámos claramente as expectativas que tínhamos à partida, mas ainda há lugares disponíveis para quem quiser juntar-se a nós».

As inscrições são limitadas à capacidade da sala e deverão ser efectuadas através do número de telefone 223 399 033 ou pelo endereço electrónico alexandraf@cciporto.pt.

A Comunicação Social é convidada da Associação Comercial do Porto para o jantar, bastando confirmar a reserva de lugar através do número de telefone 223 399 033.

terça-feira, 2 de dezembro de 2008

Clipping