segunda-feira, 27 de agosto de 2012

Clipping

1. Mesmo quem não é do Porto já terá visto, ouvido ou lido sobre o estado de degradação a que chegou o mercado do Bolhão. Houve, até hoje, vários projectos, mais ou menos caros e polémicos, para resolver o problema. Por uma razão ou por outra, nenhum avançou. Com o passar do tempo, a situação tem-se vindo a agravar, atingindo um estado crítico. A intervenção tornou-se ainda mais urgente, logo numa altura em que os recursos mais escasseiam. Paradoxalmente, talvez tenham sido estas circunstâncias extremas a facilitar um acordo entre Rui Rio e o Partido Socialista para a viabilização de uma requalificação simplificada que trouxesse o orçamento para níveis dentro das possibilidades financeiras da Câmara do Porto. Esta alternativa foi recusada pela Direcção Regional da Cultura do Norte (DRCN) para quem "os projectos, em especial os de recuperação e reabilitação de imóveis classificados, não podem ser feitos 'a metro' ou 'a retalho". Sustentar a alteração "apenas no argumento financeiro pode significar hipotecar irreversivelmente a possibilidade de transformar o Mercado do Bolhão num mercado para o século XXI ou adiar a sua morte". Resumindo: mais vale o Bolhão ruir com dignidade do que ser adulterado. O argumento financeiro é um "apenas". De somenos importância. Os mercados (estes!) morrem de pé. Não sei o que seria de nós sem estes zelosos defensores do património e cultura.
2. Para não dizerem que só falo do Norte, a segunda história passa-se numa praia de Loulé. Aos fins-de- -semana, com a maior afluência de banhistas, lá aparece um par de GNR que procura disciplinar o estacionamento. Manhã cedo, dispõem uns "pimenteiros" no asfalto, impedindo que se estacione no meio de um pequeno largo e nas bermas de uma rampa que dá acesso a dois outros espaços de estacionamento, em terra batida (e esburacada). Estacionam a respectiva viatura e ali ficam, vigilantes ao que se passa no... asfalto. A palavra--chave é "asfalto". Privados de alguns dos lugares em que costumam estacionar, os automobilistas vão-nos inventar nos parques em terra. Aí reina o caos. Nada que preocupe os zelosos agentes de autoridade: desde que, à sua frente, a circulação se processe ordeiramente, tudo está bem. Descer à terra, literalmente, não é com eles. Talvez não tenham orçamento para engraxar as botas!
3. Como de costume, o desempenho dos atletas portugueses nos Jogos Olímpicos foi pretexto para polémica. Cada cabeça, sua sentença: esteve ao nível de competições anteriores, foi pior ou melhor. Houve de tudo, como antigamente se dizia das farmácias. Não faltaram, sequer, declarações de alguns inefáveis dirigentes desportivos que, aproveitando os seus dez minutos de fama, descobriram que Portugal não estaria como está se todos fossem tão competentes no que fazem como os nossos atletas olímpicos. E só não são melhores por o Estado não lhes dar o apoio (leia-se subsídios) que merecem. É claro! Entretanto, as famílias de dois atletas americanos, vencedores da medalha de ouro, endividaram-se até à falência para apoiar a sua preparação. Faltaram--lhes dirigentes desportivos e uma ajuda do Estado à altura.
4. Há, porém, quem não aprenda e vá fazendo pela vida, sem esperar pelo Estado. Munna e Boca do Lobo dizem-lhe alguma coisa? São empresas de mobiliário. Sofisticado, cosmopolita e que, por isso, anda na boca do mundo. A Munna é finalista, com uma poltrona e um sofá, em duas categorias de um prémio internacional de design de produtos de interior. Pode saber mais, e votar, em http://thedesignawards.co.uk/products/voting-2012.html . A Boca do Lobo viu uma das peças mais icónicas ser escolhida para capa do suplemento de luxo "How to Spend it" do jornal "Financial Times". Fazem parte de uma geração de empresários que tem contribuído para a revitalização da indústria de mobiliário que, quem diria, conjuga requinte e qualidade com a recuperação do saber fazer tradicional, quantas vezes artesanal, e que aspira à projecção internacional. Mais um exemplo de que tradição pode rimar com inovação.







segunda-feira, 20 de agosto de 2012

CURSO DE COMÉRCIO INTERNACIONAL: 11 e 18 Outubro 2012




CURSO DE COMÉRCIO INTERNACIONAL – 2ª EDIÇÃO, PORTO
11 & 18 de Outubro 2012


LOCAL:         Associação Comercial do Porto, Câmara de comércio e Indústria
Palácio da Bolsa, Rua ferreira Borges, Porto.

A CCI – Câmara de Comércio Internacional é a maior organização mundial de empresas. Fundada em 1919, congrega hoje milhares de empresas e associações de mais de 130 países, tendo como principal actividade a criação de regras que, por aceitação voluntária das partes, regem a maior parte das relações comerciais no mundo. Entre estas regras encontram-se os Incoterms®2010, URDG, UCP 600, ISBP entre outras.

Dirigido a todos os profissionais que executem operações de comércio internacional, este curso analisará, através de sessões teóricas e práticas, as regras da CCI para o comércio internacional, envolvendo a resolução de casos práticos que ajudam a testar a aquisição dos conhecimentos e ferramentas necessárias para o seu negócio.

Para mais informações contacte: Sara Romano de Castro (T: 21 346 33 04 | E: sara.castro@icc-portugal | mms@acl.org.pt)

EPI- APFAPE: Gabinete Pró Emprego


Na prossecução dos objetivos da EPI- APFAPE, que trabalha na melhoria da qualidade de vida das pessoas com epilepsia e respetivos cuidadores e, em articulação com a Liga Portuguesa Contra a Epilepsia, a EPI promove vem promover o seu novo projeto que resulta da candidatura ao financiamento promovido pelo Instituto Nacional de Reabilitação – INR - Gabinete Pró-emprego!

A intervenção do Gabinete Pro Emprego visa colaborar ativamente na promoção da integração ocupacional/ profissional da pessoa com epilepsia, fazendo um acompanhamento individualizado e em articulação estreita com as entidades que atuam na área da integração/ formação profissional, e auxiliar na gestão de verbas governamentais que tenham um impacto positivo – potenciar a integração profissional.
Gabinete Pró Emprego pretende colmatar as fragilidades no aconselhamento vocacional da pessoa com epilepsia realizada pelos organismos públicos e angariar entidades patronais disponíveis para conhecer a realidade da epilepsia e integrar colaboradores com epilepsia.
Pretende-se implementar um Serviço de Orientação Ocupacional e Profissional para maiores de 16 anos, complementando as medidas promotoras de emprego apoiado para pessoas com deficiência e limitação do IEFP:
·         Orientar e integrar 60 candidatos no percurso profissional ou ocupacional, de acordo com a sua situação clínica, habilitações académicas e áreas de interesse;
·         Orientar os candidatos para aumentar o nível de escolaridade;
·         Sensibilizar as entidades de apoio a Emprego (Centro de Emprego, UNIVA) para a relação entre os vários tipos de epilepsia, riscos laborais associados e profissões desaconselhadas;
·         Contribuir para uma adaptação da oferta formativa ao perfil do candidato com epilepsia;
·         Angariar empresas e associações “amigas” da pessoa com epilepsia para integração de estágios, contrato de emprego de inserção, entre outras medidas de integração.

O projeto permitirá promover a capacitação e a integração das pessoas com epilepsia no mercado de trabalho. Em termos de resultados:
- potencial no aumento da escolaridade ou experiência profissional;
- potencial de integração após conclusão no local de acolhimento;
- maior sensibilização das entidades empregadoras para integrar pessoas com epilepsia;
- melhorar a resposta das estruturas de Centro de Emprego, Agência de recrutamento e Univa;
- prevê-se que a abordagem sobre a patologia junto das entidades que avaliam e encaminham pessoas para o mercado de trabalho se traduza numa crescente adequação das respostas que vão encontro das necessidades; bem como a sensibilização às empresas amigas, evitando situações de discriminação ou não contratação com base na epilepsia.

Sobre a EPI:
EPI desenvolve ações de âmbito nacional, através das suas delegações do Porto (Sede), Coimbra e Lisboa e tem como objetivos promover a saúde, o bem-estar social, e a integração socioprofissional e ocupacional das pessoas afetadas por qualquer forma de epilepsia e a defesa dos direitos das pessoas afetadas por qualquer forma de epilepsia.
É objetivo da EPI a promoção de serviços que forneçam uma reposta adequada à população com Epilepsia, indo de encontro às suas necessidades. Faz parte dos objetivos da EPI criar e manter as atividades que permitam divulgar conceitos e atitudes que combatam a ignorância e contrariem os preconceitos associados às epilepsias; propor medidas legislativas, regulamentares ou outras que respeitem os legítimos interesses das pessoas afetadas por qualquer forma de Epilepsia; editar, em qualquer suporte, material informativo e pedagógico sobre as epilepsias; criar estruturas ou serviços próprios para alcançar os objetivos.

Sobre Epilepsia e Emprego:
Estima-se a prevalência da epilepsia em 500 milhões de pessoas em todo o mundo e cerca de 50 mil em Portugal, o que representa cerca de 1% da população. Segundo Lima (1998), os estudos sobre a incidência da epilepsia são raros, dadas as dificuldades de manter em observação uma população considerável ao longo dos anos, as baixas taxas esperadas e a dificuldade de diagnosticar a doença, imediatamente após as primeiras manifestações. Ainda de acordo com o autor, não são de prever grandes variações em relação aos estudos na literatura mundial. Assim, os números da investigação sugerem que as pessoas com epilepsia têm atualmente mais problemas em encontrar emprego do que a população em geral.
Embora os números da investigação variem, as taxas de desemprego são, geralmente, superiores para as pessoas com epilepsia, comparadas com as da população em geral.
A maioria dos profissionais que trabalham na assistência à epilepsia refere que a maior parte das pessoas com epilepsia pode e deve ter um rendimento tão bom como qualquer outra pessoa, contudo, esta mensagem ainda não é amplamente aceite.

Para mais informações, contactar: 
EPI Porto
Avenida da Boavista, 1015, 6º S 601
4100 – 128 Porto
Tel./Fax 226054959
epiporto@epilepsia.pt
Técnica Responsável: Dra. Cristina Silva