sábado, 5 de dezembro de 2009

...e respondida



sexta-feira, 4 de dezembro de 2009

uma carta recebida


Apresentação do livro "As Ruas do Porto"


No âmbito do seu ciclo de conferências, a revista “O Tripeiro” vai realizar no Auditório do Palácio da Bolsa, no próximo dia 17 de Dezembro, pelas 18 horas, a sessão de apresentação do livro da autoria de Luís Miguel Queirós, intitulado “As Ruas do Porto”.

Esta obra reúne as crónicas que o autor publicou durante alguns anos nas páginas do jornal Público e da revista “O Tripeiro”, sobre ruas e praças do centro tradicional da cidade do Porto.

A assistência a esta iniciativa é livre, estando no entanto limitada à disponibilidade dos lugares existentes. Por esse facto solicitamos a sua reserva através do número 223 399 047 ou pelo endereço paulovaz@cciporto.pt


quinta-feira, 3 de dezembro de 2009

Apresentação do livro "Os Bichos de Luiz Ferreira"

No âmbito da comemoração do centenário do nascimento de Luiz Ferreira, ilustríssimo representante da ourivesaria portuguesa, vai ter lugar no Salão Árabe do Palácio da Bolsa, no próximo dia 10 de Dezembro, pelas 21h30, a sessão de apresentação do livro “Os Bichos de Luiz Ferreira”.

Este livro, da autoria de Gonçalo Vasconcelos e Sousa, conta com prefácio de Luís Valente de Oliveira e foi produzido pela família com o patrocínio da Associação Comercial do Porto e do Banco Português de Investimentos.

Em simultâneo com a apresentação, decorrerá no mesmo local um cocktail e uma exposição de algumas das mais simbólicas peças representadas no livro, ilustrativas do vastíssimo legado que Luiz Ferreira nos deixou.

A assistência a esta iniciativa é livre, estando no entanto limitada à disponibilidade dos lugares existentes. Por esse facto solicitamos a sua reserva através do número 223 399 047 ou pelo endereço paulovaz@cciporto.pt

Baile de Gala Anual - edição 2009 - Decoração









Fotografia: Pedro Cavaco Leitão

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Justiça e economia dominam preocupações: a solução está no diálogo











Justiça e economia dominam preocupações: a solução está no diálogo

Empresários, gestores e economistas apelam à estabilidade política e pedem compromissos de regime. E o país que está em jogo, dizem

A economia, claro. Mas também a justiça, a justiça e a justiça. As preocupações dos portugueses quanto ao rumo do país entroncam invariavelmente nestas duas palavras. A crise económica preocupa e exige medidas que revitalizem a economia do país, o que não é novo. Mas a sucessão de polémicas em torno do sistema judicial coloca cada vez mais a reforma da justiça portuguesa no topo das prioridades da maioria das personalidades ouvidas pelo i.
Os argumentos para esta urgência residem no “desalento” que as polémicas judiciais criam “nos agentes económicos”, como defende o CEO da Jerónimo Martins, Luís Palha da Silva: “Coloca Portugal na última divisão dos países onde funciona o Estado de Direito”. Pior, sugere Basílio Horta: a imagem interna e externa da justiça portuguesa “é deficiente” e “não só não garante os direitos dos cidadãos como os pode prejudicar”.
Um problema agravado pela falta de habilidade que algumas pessoas apontam ao governo na reacção às polémicas que têm envolvido o primeiro-ministro: “Devia concentrar-se na governação e deixar o debate sobre as teorias da conspiração contra si próprio, e nunca meter os seus ministros principais a fazer as despesas da politiquice”, aponta o director-geral das Produções Fictícias, Nuno Artur Silva.
O problema de falta de credibilidade não se esgota, no entanto, na justiça portuguesa e nas suas implicações políticas. Os primeiros passos do novo governo minoritário de Sócrates tiveram na última sexta-feira um primeiro tropeção: a aprovação de um pacote de medidas económicas apresentadas pela coligação negativa da oposição - naturalmente contrárias às pretensões do executivo PS - suscita dúvidas sobre a capacidade que o governo terá para manter-se no poder até 2013. “Vai ser difícil este governo cumprir a legislatura”, vaticina Bagão Félix, que agenda para “depois das eleições presidenciais” o provável regresso em força da discussão sobre a viabilidade da continuação de José Sócrates no poder.
Mas até lá os problemas do país não vão desaparecer. Por isso, entre a necessidade de “recuperar a confiança económica das famílias e das empresas”, como defende Eduardo Catroga, ou a convicção de que “ninguém deseja instabilidade política para o país”, como garante Correia de Campos, há uma evidência que emerge: o governo tem de dar mostras inequívocas de capacidade de diálogo com os partidos da oposição.
Paulo Teixeira Pinto defende, mesmo, que os problemas do país não se resolvem só com medidas, mas também “com um estilo de actuação”. Talvez o mesmo estilo que leva o presidente da Endesa Portugal, Nuno Ribeiro da Silva, a apelar ao governo para “não esconder os problemas, falar verdade e, em coerência com isso, conseguir implementar o que diz”. Nomeadamente no que respeita ao “controlo da despesa pública”, uma preocupação partilhada por grande parte das personalidades contactadas.
A prossecução desses objectivos pode, no entanto, estar refém de compromissos com a oposição. “O governo deveria abrir um processo de negociação” e “procurar consensos”, defende Murteira Nabo. E deixa um alerta: “Se não for assim, o poder transfere-se para a Assembleia da República sem qualquer Norte, iremos definhando até final da crise e as eleições antecipadas serão apenas uma questão de tempo. Deveria existir um consenso em torno de questões essenciais. Senão o país torna-se ingovernável”.

AS CRÍTICAS E AS SUGESTÕES

Luís Palha da Silva
CEO DA JERONIMO MARTINS
Pôr a funcionar a justiça em dois ou três anos. Este problema cria desalento nos agentes económicos e coloca Portugal na última divisão dos países onde funciona o Estado de Direito. Depois, existem outras prioridades de longo prazo como a educação.

Rui Moreira
PRES. DA ASS. COMERCIAL DO PORTO
O governo deve, essencialmente, falar a verdade sobre o défice e a real situação das contas públicas. Na última sexta-feira, foi a política furtiva do governo que foi derrotada, política que, aliás, é uma especialidade do governo de Sócrates. Por esta via não, não vai conseguir sobreviver. Não creio que desta forma tenha condições para se aguentar durante quatro anos no governo.

Eduardo Catroga
ECONOMISTA
O que é fundamental é que o governo recupere a confiança económica das famílias e empresas. É normal que as instituições passem por períodos difíceis, sobretudo quando se vive a suspeição de casos de corrupção. Não há uma medida específica que resolva tudo, mas é certo que o governo tem de concentrar-se em governar bem e em mostrar capacidade para aumentar o investimento empresarial.

Martins da Cruz
CONSULTOR DE EMPRESAS
Não encaro o que aconteceu no Parlamento como uma derrota política e não acredito que vá acontecer muitas mais vezes. Portugal precisa de estabilidade para avançar. Se soubesse que um governo ia cair, não investia. Não me lembro de um governo com maioria absoluta na Bélgica ou na Holanda nos últimos anos. E aqueles países não deixaram de ser governados. Este governo também tem quatro anos para governar.

Ferreira Amaral
ECONOMISTA
A pedra de toque para o futuro da governação será a discussão do Orçamento do Estado (CIE) para 2010. Tudo vai depender da proposta apresentada, daquilo que a oposição quiser alterar e da capacidade de negociação do governo. Vai ser o grande teste. Se o governo sair dessa discussão sem se rever no OE pedirá seguramente uma moção de confiança ou precipitará a realização de novas eleições.

Campos e Cunha
ECONOMISTA
A oposição está a fazer um favor ao governo, abrindo portas à realização de eleições antecipadas muito brevemente. [A votação no parlamento na passada sexta-feira] é dar ao governo, de mão beijada, o pretexto para que isso aconteça. Por incompetência da oposição. Será difícil ao governo cumprir a legislatura até ao fim, ficando a realização de novas eleições dependente dos prazos constitucionais.

Pedro Gonçalves
CEO DA SOARES DA COSTA
Defendo uma concertação e convergência entre a comunidade política em três áreas. 1) Na justiça, com um reposicionamento como garante de uma vida normal do país. Não se resolve com legislação, mas talvez com medidas de gestão. 2) Sustentação e criação de emprego, com incentivos fiscais em novos postos de trabalho. 3) Reforma do papel do Estado, por forma a torná-lo menos oneroso.

Mira Amaral
PRESIDENTE DO BANCO BIC
O governo poderia recuperar credibilidade se tomasse medidas para reduzir de forma clara a despesa corrente e prosseguir a reforma da administração. A situação é preocupante e um governo não pode andar a reboque da oposição. Ninguém acredita que o governo chegue ao fim da legislatura. Vai ser um jogo de xadrez entre o governo e a oposição.

Bagão Félix
ECONOMISTA E GESTOR
Era o que faltava que, à primeira derrota no parlamento se pusesse a questão da instabilidade governativa. Há coisas mais graves a afectar a credibilidade do governo, nomeadamente tudo o que gira à volta do primeiro-ministro. Isso sim, são coisas demolidoras. Vai ser difícil ao governo cumprir a legislatura e creio que essa questão vai colocar-se sobretudo após as eleições presidenciais.

Medeiros Ferreira
PROFESSOR UNIVERSITÁRIO
A discussão do OE será a melhor resposta que o governo pode dar à oposição. E é importante que as linhas políticas desse documento sejam claras na definição das grandes linhas de orientação política. Tem de acabar-se com a ideia de que há um favorecimento ou apoio a grandes grupos económicos e deve haver a preocupação de retirar a carga de austeridade sobre as pessoas que trabalham.

1.12.2009 - jornal I

Rui Moreira desafia Turismo de Portugal a tomar posição

02 | 12 | 2009 15.08H
O presidente da Associação Comercial do Porto (ACP) desafiou hoje o Turismo de Portugal a tomar uma posição sobre a deslocalização da Red Bull Air Race do Porto para Lisboa

Destak/Lusa | destak@destak.pt

"Gostava de saber o que o Instituto do Turismo de Portugal tem a dizer sobre esta matéria", afirmou Rui Moreira à Lusa, realçando que "os patrocinadores são livres de fazerem o que entenderem, mas o que me interessa mais é a questão dos dinheiros públicos".

Em declarações à Lusa, o presidente da ACP reforçou que "seria conveniente que esclarecesse qual é o seu pensamento estratégico sobre esta matéria até porque foi feito um estudo de impacto económica na região" que provou ter "uma vantagem muito significativa".

"O Porto tem sido permanentemente mal tratado pelo Instituto de Turismo de Portugal", afirmou Rui Moreira, acrescentando que não contesta a partida por "razões bairristas", mas pelo impacto económico que tem para a região.

Em relação aos patrocinadores, o empresário diz que "estão no livre direito de tomarem as opções que tomarem", mas considera que a polémica sobre a localização do evento pode levar os patrocinadores a abandonarem a prova.

"E aí nem vêm para Lisboa nem para o Porto. Vai-se acabar por estragar isto tudo e não faltam cidades na Europa interessadas", alertou.

O presidente da ACP considera que são os dinheiros públicos e não os patrocinadores que determinam a transferência do evento.

A Associação dos Comerciantes do Porto apelou terça-feira ao boicote aos produtos da TMN, GALP e EDP, que diz serem os patrocinadores do Red Bull Air Race, como forma de protesto à eventual transferência do evento para Lisboa.

A TMN, a Galp e a EDP já reagiram ao apelo, dizendo que não são patrocinadoras do evento. Fontes da EDP e Galp dizem que nunca patrocinaram a prova e a TMN esclarece que apoiou a prova nos últimos dois anos, mas que não apoiará no futuro, independentemente da localização.

Na última semana, o Norte tem falado a uma só voz contra a deslocalização do Red Bull Air Race, que, na última edição, levou às margens do Douro um milhão de pessoas.

O presidente da Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal disse que não acredita "minimamente" na eventual transferência para Lisboa, acrescentando que tem mantido contactos para manter a prova no Porto.

A empresa promotora da Red Bull Air Race disse à Lusa que "continua a trabalhar com as entidades competentes" para garantir a realização do evento em Portugal, adiantando que o calendário e mais informações sobre a prova serão divulgados "oportunamente".

Os deputados do PSD eleitos pelo círculo do Porto enviaram um requerimento ao ministro da Economia, Viera da Silva, perguntando sobre a eventual deslocalização da Red Bull Air Race para Lisboa.

O presidente da Câmara de Gaia, Luís Filipe Menezes, considerou, também hoje, como "mais uma atitude discriminatória do Estado" e o presidente da Câmara do Porto criticou esta eventual transferência, acusando o poder central de falta de bom senso e de não promover o equilíbrio do país.

requerimento do CDS sobre Red Bull Air race no Porto


Do deputado Dr. José Ribeiro e Castro recebemos o texto do requerimento do CDS sobre o tema:
Assunto:     Notícias sobre a deslocalização da "Red Bull Air Race" de Porto/Gaia para Lisboa. Política e acção do Governo português.

Destinatário:    Ministro da Economia, da Inovação e do Desenvolvimento.   


Ex.mo Sr. Presidente da Assembleia da República


Considerando que:

Desde há alguns anos que uma das rondas mundiais do festival aéreo conhecido como Red Bull Air Race se realiza na zona da foz do Rio Douro, entre as cidades do Porto e de Gaia.


Esse evento rapidamente ganhou foros de tradição traduzindo-se num fenómeno de crescente atracção popular e turística, trazendo notoriedade e prestígio a Porto/Gaia, à região Norte e ao País.


Esse evento rapidamente ganhou também uma sensível importância económica para a região onde habitualmente se realiza.


Ter conquistado para Portugal (Porto/Gaia), há alguns anos atrás, a realização de um certame de tão grande e crescente projecção internacional correspondeu a um êxito assinalável por parte das várias entidades locais e regionais, públicas e privadas, envolvidas.


Tendo-se aberto um novo período negocial com os organizadores, após o último evento em Setembro passado, têm sido publicadas notícias sobre uma eventual deslocalização da Red Bull Air Race de Porto/Gaia para Lisboa.


Essas notícias intensificaram-se nos últimos dias e dão nota também de nessa eventual deslocalização poder estar envolvida a acção de empresas com capitais do Estado, ou institutos públicos, ou associações ou outras entidades com participação e financiamento estatal.


Uma eventual deslocalização da Red Bull Air Race de Porto/Gaia para Lisboa causaria sensível dano àquela região.


Seria intolerável que, numa eventual disputa entre Porto/Gaia e Lisboa quanto a assegurar a continuação do certame, se verificasse, por acção ou omissão, qualquer ingerência de terceiros, nomeadamente sob responsabilidade governamental, que visasse favorecer Lisboa.


Uma disputa insensata e desleal entre Porto/Gaia e Lisboa quanto à realização do certame pode ter como consequência a perda completa do certame para Portugal, atribuindo-se a ronda correspondente a outras cidades de outros países, uma vez que a concorrência internacional é crescente.


A haver neste processo alguma intervenção governamental, antes se justificaria, quando muito e ao contrário, que a mesma fosse feita a favor da localização Porto/Gaia, assim premiando a precedência estabelecida, a marca já criada e a forte atractividade conseguida e demonstrada.


Tendo presente que:


Nos termos do disposto no artº. 156º, alínea d) da Constituição, é direito dos Deputados «requerer e obter do Governo ou dos órgãos de qualquer entidade pública os elementos, informações e publicações oficiais que considerem úteis para o exercício do mandato»;
Nos termos do artº. 155º, nº. 3 da Constituição e do artº. 12º, nº. 3 do Estatuto dos Deputados, «todas as entidades públicas estão sujeitas ao dever geral de cooperação com os Deputados no exercício das suas funções ou por causa delas»;
Nos termos do disposto no artº. 229º, nº. 1 do Regimento da Assembleia da República, as perguntas apresentadas pelos Deputados são tramitadas por intermédio do Presidente da Assembleia da República com destino à entidade requerida, tendo esta o dever de responder conforme o disposto no nº. 3 do mesmo preceito;


O(a)s Deputado(a)s do CDS-PP, abaixo-assinados, vêm por este meio requerer ao Ministro da Economia, da Inovação e do Desenvolvimento, por intermédio de Vossa Excelência, nos termos e fundamentos que antecedem, o seguinte:


Tem acompanhado, directa ou indirectamente, o processo de negociações com os organizadores da Red Bull Air Race para renovação do contrato respeitante à realização de uma das suas rondas anuais em Portugal, com inerente definição da sua localização?


Pode e quer desmentir categoricamente o noticiado envolvimento, directo ou indirecto, de quaisquer entidades estatais ou para-estatais em tentativas de deslocalizar aquele certame de Porto/Gaia para Lisboa, correspondam aquelas entidades estatais ou para-estatais a empresas com capitais públicos, ou a institutos públicos, ou a associações ou outros entes com participação e financiamento estatal?


Tem, ao invés, o Governo a política e a orientação de, pelos meios normais ao seu alcance, favorecer a continuação do certame em Portugal, mantendo-se a sua localização tradicional em Porto/Gaia, para o efeito prestando apoio aos actores locais e regionais relevantes?




Palácio de São Bento, 2 de Dezembro de 2009


Deputado(a)s:



José Ribeiro e Castro



João Almeida



Cecília Meireles



Michael Seufert

Entrevista Rui Moreira – Caderno 1000 Maiores Empresas do Diário de Notícias








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