02 | 12 | 2009 15.08H
O presidente da Associação Comercial do Porto (ACP) desafiou hoje o Turismo de Portugal a tomar uma posição sobre a deslocalização da Red Bull Air Race do Porto para Lisboa
Destak/Lusa | destak@destak.pt
"Gostava de saber o que o Instituto do Turismo de Portugal tem a dizer sobre esta matéria", afirmou Rui Moreira à Lusa, realçando que "os patrocinadores são livres de fazerem o que entenderem, mas o que me interessa mais é a questão dos dinheiros públicos".
Em declarações à Lusa, o presidente da ACP reforçou que "seria conveniente que esclarecesse qual é o seu pensamento estratégico sobre esta matéria até porque foi feito um estudo de impacto económica na região" que provou ter "uma vantagem muito significativa".
"O Porto tem sido permanentemente mal tratado pelo Instituto de Turismo de Portugal", afirmou Rui Moreira, acrescentando que não contesta a partida por "razões bairristas", mas pelo impacto económico que tem para a região.
Em relação aos patrocinadores, o empresário diz que "estão no livre direito de tomarem as opções que tomarem", mas considera que a polémica sobre a localização do evento pode levar os patrocinadores a abandonarem a prova.
"E aí nem vêm para Lisboa nem para o Porto. Vai-se acabar por estragar isto tudo e não faltam cidades na Europa interessadas", alertou.
O presidente da ACP considera que são os dinheiros públicos e não os patrocinadores que determinam a transferência do evento.
A Associação dos Comerciantes do Porto apelou terça-feira ao boicote aos produtos da TMN, GALP e EDP, que diz serem os patrocinadores do Red Bull Air Race, como forma de protesto à eventual transferência do evento para Lisboa.
A TMN, a Galp e a EDP já reagiram ao apelo, dizendo que não são patrocinadoras do evento. Fontes da EDP e Galp dizem que nunca patrocinaram a prova e a TMN esclarece que apoiou a prova nos últimos dois anos, mas que não apoiará no futuro, independentemente da localização.
Na última semana, o Norte tem falado a uma só voz contra a deslocalização do Red Bull Air Race, que, na última edição, levou às margens do Douro um milhão de pessoas.
O presidente da Entidade Regional de Turismo do Porto e Norte de Portugal disse que não acredita "minimamente" na eventual transferência para Lisboa, acrescentando que tem mantido contactos para manter a prova no Porto.
A empresa promotora da Red Bull Air Race disse à Lusa que "continua a trabalhar com as entidades competentes" para garantir a realização do evento em Portugal, adiantando que o calendário e mais informações sobre a prova serão divulgados "oportunamente".
Os deputados do PSD eleitos pelo círculo do Porto enviaram um requerimento ao ministro da Economia, Viera da Silva, perguntando sobre a eventual deslocalização da Red Bull Air Race para Lisboa.
O presidente da Câmara de Gaia, Luís Filipe Menezes, considerou, também hoje, como "mais uma atitude discriminatória do Estado" e o presidente da Câmara do Porto criticou esta eventual transferência, acusando o poder central de falta de bom senso e de não promover o equilíbrio do país.
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