sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Insustentabilidade do modelo económico agravada pela crise estrutural

Conferência juntou painel de personalidades políticas e empresariais que discutiram soluções

Mira Amaral afirmou que Portugal é “um país submergente” e está cada vez mais pobre, à entrada da conferência “O Insustentável Desenvolvimento da Crise”, organizada pela Associação Comercial do Porto em conjunto com a Plataforma Convergir.

O ex-ministro e actual presidente executivo do Banco BIC defendeu ainda que “o modelo já era insustentável antes desta crise, que veio, quanto muito, agravar a crise estrutural em que já vivia Portugal” e que não aceitava “que se diga que os nossos males são todos devidos à crise financeira”.

Carvalho da Silva, secretário-geral da Confederação Geral dos Trabalhadores (CGTP), outro dos participantes no debate, definiu ser "inaceitável" manter a lógica que a redução dos salários "é a solução para os problemas da economia". E considerou "inaceitável manter as mesmas políticas e continuar-se com a lógica de que do aperto do cinto dos trabalhadores, pela redução dos salários, é a solução para os problemas da economia", e, "seria uma vergonha" congelar o salário mínimo nacional em 2010.

O encontro juntou também outras personalidades da esfera política e empresarial para um debate sobre o papel de cada agente na resposta à crise, nomeadamente João Proença, líder sindical, Paulo Nunes de Almeida, vice-presidente da AEP, Susana Fonseca, presidente da Quercus, Mohamed Ahmed, presidente da Associação Nacional de Direito ao Crédito e Nuno Ribeiro da Silva, presidente da Endesa Portugal. Rui Moreira, presidente da Associação Comercial do Porto e Paulo Santos, da Plataforma Convergir, foram os moderadores do debate.

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