Carlos
Magno, Presidente da ERC - Entidade Reguladora para a Comunicação Social - afirmou
ontem, à entrada do jantar-debate inserido nas “Conferências do Palácio”, que a
“A ERC chamou a si o acompanhamento do processo “ do questionamento da GFK
pelas televisões nacionais relativamente à medição de audiências.
Na sua
primeira intervenção pública após ter tomado posse, Carlos Magno explicou que “A
ERC tomou uma atitude preventiva e optou por recolher o máximo de informação”,
desenvolvendo conversas de bastidores. Referindo-se à polémica gerada em torno
dos valores de medição apresentados pela GFK, o Presidente da ERC enfatizou que
“seria bom para o público que se soubesse os números” correctos das audiências.
“O papel do
regulador não é um papel de palco” e a ERC pretende “ ajudar o sistema
mediático português” explicou Carlos Magno, que se mostrou optimista com o
futuro revelando que, em relação ao processo da GFK, espera ver como os
acontecimentos evoluem esta semana, acreditando que “daqui para a frente haverá
números mais credíveis”.
Carlos Magno afirmou que “o nosso sistema mediático é
frágil e vive de uma guerrilha permanente”. Declarou que os meios de
comunicação social têm uma “agenda cartelizada” e discutem o mesmo assunto e alertou
para a necessidade de se “fazer alguma coisa acontecer para Portugal fazer
melhor”.
“Há regras e o poder editorial passa pelos jornalistas
definirem o que é ou não notícia” expôs. E, defendendo a mudança, sustentou a
necessidade de “a sociedade portuguesa perceber que a democracia não existe se
não houver um sistema mediático forte” e auspiciou que “estamos na véspera de
uma grande batalha”.
Abordando as funções e o papel da ERC, Carlos Magno
frisou o objectivo de defender o cidadão do abuso dos media, a necessidade de ser introduzida racionalidade no sistema
mediático, e finalizou o discurso
focando a necessidade de existir “mais liberdade para todos e mais liberdade
para os cidadãos, para se defender de algum poder excessivo que alguns media têm”.
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