Na prossecução dos objetivos da EPI-
APFAPE, que trabalha na melhoria da qualidade de vida das pessoas com epilepsia
e respetivos cuidadores e, em articulação com a Liga Portuguesa Contra a
Epilepsia, a EPI promove vem promover o seu novo projeto que resulta da
candidatura ao financiamento promovido pelo Instituto Nacional de Reabilitação
– INR - Gabinete Pró-emprego!
A intervenção do Gabinete
Pro Emprego visa colaborar ativamente na promoção da integração
ocupacional/ profissional da pessoa com epilepsia, fazendo um acompanhamento
individualizado e em articulação estreita com as entidades que atuam na área da
integração/ formação profissional, e auxiliar na gestão de verbas
governamentais que tenham um impacto positivo – potenciar a integração profissional.
O Gabinete Pró Emprego pretende
colmatar as fragilidades no aconselhamento vocacional da pessoa com epilepsia
realizada pelos organismos públicos e angariar entidades patronais disponíveis
para conhecer a realidade da epilepsia e integrar colaboradores com epilepsia.
Pretende-se implementar um Serviço
de Orientação Ocupacional e Profissional para maiores de 16 anos,
complementando as medidas promotoras de emprego apoiado para pessoas com
deficiência e limitação do IEFP:
· Orientar e integrar 60 candidatos no
percurso profissional ou ocupacional, de acordo com a sua situação clínica,
habilitações académicas e áreas de interesse;
· Orientar os candidatos para aumentar
o nível de escolaridade;
· Sensibilizar as entidades de apoio a
Emprego (Centro de Emprego, UNIVA) para a relação entre os vários tipos de
epilepsia, riscos laborais associados e profissões desaconselhadas;
· Contribuir para uma adaptação da
oferta formativa ao perfil do candidato com epilepsia;
· Angariar empresas e associações
“amigas” da pessoa com epilepsia para integração de estágios, contrato de
emprego de inserção, entre outras medidas de integração.
O projeto
permitirá promover a capacitação e a integração das pessoas com epilepsia no
mercado de trabalho. Em termos de resultados:
- potencial no aumento da escolaridade ou experiência profissional;
- potencial de integração após conclusão no local de acolhimento;
- maior sensibilização das entidades empregadoras para integrar pessoas com
epilepsia;
- melhorar a resposta das estruturas de Centro de Emprego, Agência de
recrutamento e Univa;
- prevê-se que a abordagem sobre a patologia junto das entidades que
avaliam e encaminham pessoas para o mercado de trabalho se traduza numa
crescente adequação das respostas que vão encontro das necessidades; bem como a
sensibilização às empresas amigas, evitando situações de discriminação ou não
contratação com base na epilepsia.
Sobre a EPI:
A EPI desenvolve ações de âmbito
nacional, através das suas delegações do Porto (Sede), Coimbra e Lisboa e tem
como objetivos promover a saúde, o bem-estar social, e a integração
socioprofissional e ocupacional das pessoas afetadas por qualquer forma de
epilepsia e a defesa dos direitos das pessoas afetadas por qualquer forma de
epilepsia.
É objetivo da EPI a promoção de
serviços que forneçam uma reposta adequada à população com Epilepsia, indo de
encontro às suas necessidades. Faz parte dos objetivos da EPI criar e
manter as atividades que permitam divulgar conceitos e atitudes que combatam a
ignorância e contrariem os preconceitos associados às epilepsias; propor
medidas legislativas, regulamentares ou outras que respeitem os legítimos
interesses das pessoas afetadas por qualquer forma de Epilepsia; editar, em
qualquer suporte, material informativo e pedagógico sobre as epilepsias; criar
estruturas ou serviços próprios para alcançar os objetivos.
Sobre Epilepsia e Emprego:
Estima-se a prevalência da epilepsia
em 500 milhões de pessoas em todo o mundo e cerca de 50 mil em Portugal, o que
representa cerca de 1% da população. Segundo Lima (1998), os estudos sobre
a incidência da epilepsia são raros, dadas as dificuldades de manter em
observação uma população considerável ao longo dos anos, as baixas taxas
esperadas e a dificuldade de diagnosticar a doença, imediatamente após as
primeiras manifestações. Ainda de acordo com o autor, não são de prever grandes
variações em relação aos estudos na literatura mundial. Assim, os números da
investigação sugerem que as pessoas com epilepsia têm atualmente mais problemas
em encontrar emprego do que a população em geral.
Embora os números da
investigação variem, as taxas de desemprego são, geralmente, superiores para as
pessoas com epilepsia, comparadas com as da população em geral.
A maioria dos
profissionais que trabalham na assistência à epilepsia refere que a maior parte
das pessoas com epilepsia pode e deve ter um rendimento tão bom como qualquer
outra pessoa, contudo, esta mensagem ainda não é amplamente aceite.
Para mais informações,
contactar:
EPI Porto
Avenida da Boavista, 1015, 6º S 601
4100 – 128 Porto
Tel./Fax 226054959
epiporto@epilepsia.pt
Técnica Responsável: Dra. Cristina
Silva
Sem comentários:
Enviar um comentário