terça-feira, 18 de maio de 2010

Apresentação do livro "Recursos a voar – Como decidir o Investimento Público em tempo de crise"

O Livro "Recursos a voar – Como decidir o Investimento Público em tempo de crise", da autoria de Álvaro Costa e Álvaro Nascimento, foi apresentado ontem no Palácio da Bolsa.

A obra, editada pela Associação Comercial do Porto, é uma revisitação do estudo “Portela +1”.

Este estudo, elaborado em 2007, apresentou uma via alternativa à necessidade de construção de um novo aeroporto para a região da Grande Lisboa.

“A aplicação do investimento público numa economia com pouca capacidade de investimento, muito menos num contexto de crise“ foi uma das ideias centrais defendidas por Álvaro Nascimento, co-autor do livro, ao abordar como deve ser decidido o investimento público num contexto de crise, com o exemplo concreto do investimento no novo aeroporto.

Na apresentação do livro, Rui Moreira contextualizou “A Associação Comercial do Porto apresentou um estudo há dois anos que recomendava pensar antes de avançar com o aeroporto na Ota. Entretanto muita coisa mudou em dois anos. A situação do país é hoje mais complicada, assim como a situação dos recursos financeiros” pelo que existe “uma obrigação de repensar o investimento público e a capacidade de atrair para o país investimento público”.

Para os autores da obra, o estudo “Portela +1 foi uma proposta de diferimento” e, considerando a recente decisão do Governo, referiram “este compasso de espera pode servir para repensar o investimento”.

“A Portela está a atingir a sua capacidade. Sem a transferência fica com pouco espaço de manobra. A questão a ponderar é se tenho necessidade de construir um novo aeroporto só para servir as companhias low-cost” afirmaram. Defenderam o interesse de “analisar o perfil da procura e decidir se há tempo para esperar e se devo repensar esta decisão. Em qualquer circunstância os fundos públicos devem ser bem utilizados”.

Álvaro Nascimento e Álvaro Costa alertaram para a “necessidade de promover o debate em torno do tema para separar duas águas: a componente técnica e a da utilização de recursos”, principalmente porque esta é uma “altura em que são pedidos sacrifícios e não se podem falhar os investimentos” e o “investimento público deve criar valor”.

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